sábado, 12 de dezembro de 2009

O inicio, prazer, descobertas e decepções

Uma das grandes expectativas em ter um bebê é amamentar.
                                
Essa idéia me empolgava, imaginava que seria uma delícia amamentar, todas as imagens de amamentação mostra um momento tranquilo e muito gostoso. 
Assim que o Cauê nasceu pensei é agora! Meu bebezinho vai mamar pela primeira vez, vou conhecer a sensação, vou ter esse prazer.
Uma das minhas queridas parteiras, a Ana Cris o colocou em meu peito e minha primeira sensação foi um susto, um susto com a pega, pensei: Parece que tem dentes, é o meu lobinho.
O Cauê ficou no meu peito por uma hora, estava extasiada com o parto, natural em casa e amando essa primeira mamada.
Ficar sentido o Cauê, olhando pra ele, foi incrível, sensação que não quero esquecer nunca.

O nascimento foi às 4h30 do dia 13/07/2008, as parteiras Ana Cris e Priscila foram embora 7h/7h30, dormimos até 12h e a vida de mãe começou logo com a segunda mamada.
Foi o momento de colocar em prática algumas teorias como posição do bebê, prestar atenção na sua pega e o melhor, ficar sentindo meu bebezinho no meu colo, se alimentando no meu peito, de fato uma delicia sem fim.
E também de conhecer a prática, na primeira noite do Cauê, ele ficou o tempo todo no peito, eu não sabia se ele estava mamando, pensava, nossa! será que ele está mamando tanto assim? Ou se estava só chupetando, não percebia a diferença.
Durante seu segundo dia as mamadas eram intermináveis, ele ficava no peito o tempo todo, e eu com as dúvidas, será que está mamando? Melhor tirar ou deixá-lo no peito?
Não contava com os machucados/fissuras logo nessas primeiras mamadas, meus dois peitos machucaram e muito, fissuras profundas e que dor.
Então, a cada mamada um friozinho na barriga, a dor de amamentar.
Comprei a pomada famosa e cara de lanolina, soube que arruda macerada no azeite era bom, achei que sarariam rápido.
Ao fim da mamada corria para tratar dos machucados, mesmo nas madrugadas embriagada de sono.

Era a manutenção esperançosa mamada a mamada, mas os machucados só pioravam, os cuidados não davam conta.
Foi ficando mais difícil amamentar, o sonho começou a ruir.
Tinha muita dor, mesmo quando não estava amamentando, só conseguia ficar sem blusa, sem sutiã, era ruim pra dormir, ficava de barriga pra cima, ruim pra tomar banho, doía quando caia água, precisava de cuidado pra tudo, era fácil bater ou raspar nos machucados.
Doía demais, sem perceber ia apertando o Cauê enquanto ele mamava, eu chorava.
Oferecia o peito que estava menos prejudicado e no mesmo dia esse peito piorava muito, então oferecia o outro que tinha se recuperado pouco mais e em 2 ou 3 mamadas já não aguentava mais.
Essa situação me entristeceu demais, não estava sendo prazeroso e a cada mamada tudo piorava.

Comecei a pensar em dar leite em pó, mas essa idéia me doía mais ainda.






Meu peito ficava inchado, colocava chá de camomila e melhorava, comecei a passar aroeira também e com tudo isso a melhora ainda era lenta.
Quando o Cauê chorava querendo mamar eu ficava aflita, o pegava querendo não pegar.
Até que em uma madrugada, já não aguentando mais, sucumbi e pedi ao meu marido, o Pithy, que fosse comprar o leite em pó.
Dei o peito mais uma vez, sofrendo e pensei num plano, vou dar o leite em pó até meu peito sarar e então recomeço, agora que sei que o peito pode machucar facilmente vou prestar mais atenção na posição do bebê, na sua pega, vou cuidar intensamente dos machucados e sem dar de mamar vai sarar logo.
Apesar de me entristecer demais em dar o leite em pó, fiquei feliz em pensar que meu peito iria melhorar logo pois não teria as mamadas em cima dos machucados.
06/04/09

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