sábado, 12 de dezembro de 2009

Amamentação exclusiva, sonho realizado enfim...

Que alegria!!!
Uma vitória muito boa sair do leite em pó e ficar só no peito, e como esse menininho gosto de peito viu?!
O Colocava no peito umas 20 vezes ao dia.
Mas cheguei onde queria, o peito finalmente não era só alimento e sim afago, conforto, carinho, segurança, é assim até hoje.
Essa tranquilidade eu queria muito e tê-la foi uns dos motivos de me segurar firme na batalha.
Ficou um tantinho mais cansativo, agora não dava pra dividir a madrugada com o Pithy, mas tudo bem, foi pior na primeira semana mas fui me acostumando ou não...rs... estou exausta até hoje...rs...
Foi uma segurança muito boa, saber que o Cauê estava sendo bem alimentado, com leite de primeira, além de ser delicioso colocar meu filhotinho no peito, ficar olhando pra ele, delícia!!!
Mas ele ainda chorava bastante, dormir continuava sendo um trabalhão, ele soltava o peito e chorava, eu insistia com o peito mas ele não pegava, ele só encostava a boquinha e saia chorando, pensava que estava satisfeito, sem fome, e estava com muito sono e aquilo era o agito de sono, de não conseguir adormecer, então ficava embalando até ele dormir, isso durava 2h até 3h nos piores dias.
Nesse mês ele ganhou pouco peso, fiquei preocupada mas não muito, a curva ainda estava ascendente.
Do 3º para o 4º mês ele não ganhou peso, aliás, ganhou 40 g só.
Ai ai, fiquei tão preocupada.
Ele era magrinho, mas sempre pareceu bem, sempre foi espertinho, sempre sorriu bastante, seu desenvolvimento estava super normal, aliás todo mundo achava ele bem esperto pra idade dele.
Também já havia lido muito que era normal bebês que são amamentados exclusivamente serem mais magros.
Acreditava também que meu corpo tinha se adaptado as necessidades de leite dele, principalmente por ter tirado o leite em pó e aumentado o peito aos poucos.
Em consulta o médico suspeitou que o Cauê não estava mamando o leite grosso, comecei a insistir mais com ele em cada peito, trocava várias vezes, insisti bastante, porém nada mudou, continuava ganhando pouco peso até que aos 4 meses o pediatra concluiu a última coisa que pensaria, era baixa produção e disse que seria necessário complementar com o leite em pó, orientou que eu desse mamadeira após cada mamada no peito.
Baixa produção era mesmo a última coisa que pensaria, acreditava que tinha muito leite inclusive, uma vez sonhei que quando abria a blusa meu peito esguichava tanto leite que formava poças no chão, foi um sonho delicioso.
Meu chão sumiu, minha mente ficou atordoada, não sabia o que pensar, não queria acreditar, foi uma bomba.
Eu não queria retomar a fórmula, mas não poderia deixar meu filho com fome, ôpa?! Com fome? Então ele passou fome esse tempo todo, seria esse o motivo de tanto choro?
Fiquei mais atordoada ainda, pensava: o que foi que fiz? Será que prejudiquei meu filho dessa forma por uma ideologia minha?
Comecei a deixar o Cauê no Sling, na altura do meu peito e ficava sem blusa, o dia todo, pra ele mamar bastante, o tempo todo.

Queria fazer de tudo, enquanto houvesse possibilidades eu iria tentar.
Estava empolgada com isso e determinada, estava também bem confiante que iria dar certo.
Aluguei a bomba novamente, tirava leite na madrugada, fui orientada assim.
A bomba novamente aqui em casa era como um fantasma, mas acreditava que valeria a pena.
Levei o Cauê em um médico espiritual já conhecido nosso de total confiança, sabia que ele ajudaria, veria o que o pediatra não podia ver e tudo estaria resolvido, assim pensei.
Ele logo foi falando que eu precisava descansar, aliás todos desde o início diziam isso, pois o corpo precisa de descanso pra produzir leite, mas descansar era a única coisa que não conseguia fazer e sempre pela noite era o maior problema, era quando tinha bem pouco leite e quando o Cauê chorava mais.
Então ele ficou em torno desse assunto sobre eu descansar, dar outro leite para o Cauê, descansar, descansar....
Disse que não queria dar outro leite por ser artificial etc etc, ele disse que entendia, vieram outros assuntos, ele examinou o Cauê, dissemos que ele chorava bastante e ele finalmente disse que o Cauê chorava de fome.
Não consigo nem dizer o que eu senti...um vazio enooooooorme, um abismo infinito, sem som, sem luz, foi forte demais, foi uma facada no meio do meu coração que ficou bem pequeno naquele momento e doído.
Conclui que era melhor dar o tal leite do que o Cauê passar fome.
Como foi difícil isso pra mim, tinha vontade de cair em depressão, queria desmoronar, mas não podia, tinha que me segurar, seria mais difícil ainda e com o peso da situação se caísse em depressão seria mais difícil ainda voltar, levantar, sair dela.
Mas queria ainda mais uma chance, então viajamos pra Ubatuba, tinha que clamar pra minha mãe Yemanjá ao vivo, de perto, aliás, de frente.
Foi ótimo, descansei, vimos o mar, foi a primeira vez do Cauê na praia, muito bom.
Ele mamou na praia, rezei muito.
Na primeira noite fiquei com febre altíssima, tremia de frio, meu corpo doía todo, meu peito encheu demais, ficou dolorido, precisei massagear muito, deixei água quente cair no banho, ficou até difícil de o Cauê mamar, parecia o primeiro dia quando o leite desce.
Dormi abraçadinha com o Cauê e ele mamou a noite toda e só pela manhã meu peito tinha diminuído e parado de doer.
INCRÍVEL!!!!!!!!  DELICIOSO!!!!
As roupinhas dele estavam mais justinhas na volta da viagem , ele engordou em um fim de semana.
Fiquei muito feliz, até o desconforto do peito super dolorido, parecia que ia estourar, estava gostando.
Senti que as coisas iriam melhorar mas que de imediato era melhor voltar com o complemento.
Nesse momento essa decisão foi mais fácil e sem tanto pesar.
Não complementei em todas as mamadas, achei que isso seria a ruína.
Estava fazendo uma ou duas mamadeiras por dia, quando duas era fim de tarde e noite ou então só noite, parecia que estava bem assim.
O pediatra então disse, pelo menos três, mas não o fiz.
Ainda tinha receio, achava a mamadeira um risco, pensava se teria que ficar com esses complementos pra sempre.
Fazia de tudo mesmo, compressas quente no peito, tomava banho e deixava cair bastante água quente nas mamas, massageava bem antes de dar para o Cauê, comia milho e derivados, tomava muuuita água, de 3 a 4,5 L por dia.
Sempre na esperança de tirar o leite em pó.
Também fui pedir socorro na Matrice, mais uma vez, novamente fui com mamadeira na bolsa, pois podia precisar no fim da tarde.
Pedi pra Fabíola Cassab ver se meu peito realmente estava vazio e ela só de encostar disse: está cheio de leite seu peito!!
Pensei: Como assim?
Então ela massageou e ordenhou um pouco e saia um monte de leite, fiquei bo-qui-a-ber-ta.
Ela me abraçou, me deu parabéns, me beijou e eu quase petrificada, pasma ao ver aquele leite todo.
Então ela e a Flávia Gontijo me ajudaram com a posição do Cauê, como acalmá-lo e principalmente apoio, compreensão e isso é TUDO!
Nunca saberei ao certo o que houve mesmo, a produção podia ter baixado pois o Cauê por ansiedade só queria mamar o peito cheio e quando precisava sugar mais forte um pouquinho ele não queria e reclamava, isso é bem provável de ter ocorrido.
Quanto a suposta fome que ele passava fui bem confortada, a Ana B logo desconsiderou, 
Isso me confortou.
O Cauê chorava bastante pra dormir também quando tomava mamadeira, que a gente chamava de bomba, porque eram 210 ml de um leite gordo, ele ficava até baqueadinho.
E mesmo assim chorava pra dormir, mesmo com a barriga super cheia do leite em pó, então podia não ser fome antes e sim dificuldade pra dormir como pensava antes.
Fui em uma pediatra homeopata, a Dra Selma.
Queria saber dela se era isso mesmo, ficar com o complemento ou se tinha jeito de retomar a produção.
Foi muito bom, ela fez um trabalho bacana e me confortou muito.
Fiquei com uma mamadeira apenas pela noite e bem tranquila pelo dia e madrugada e quando começou a introdução de alimentos foi o fim definitivo do complemento.
A linha do crescimento dele só cresceu.
Nossa história com a amamentação não foi como eu planejei foi duro aceitar isso, sofri com as dificuldades chegava a ter pensamentos de desistir, mas por pouco tempo, imagina, desistir e fazer o quê? Ficar só com o leite em pó? Gordo? Artificial? E o afago? O acolhimento? Não não... assim como o parto foi difícil mas eu jamais conseguiria fazer diferente.
30/09/09

2 comentários:

  1. nossa de li seu post sobre sua vida na amamentação e senti muitas coisas lendo..senti que ser mãe e se dar por inteiro..e tentar e tentar sempre mais..e doação de corpo e de alma..e sabe conheço muitas mães que desistiram logo no comeco da amamentação por varios motivos..dores..tempo..disposição..e ate para fazer regime..deram sem do o leite tão temido por vc artificial..e eu que me esforcei muito pra dar de mamar pra luna 6 meses sem dar nem agua sei de todas estas noites mal dormidas..mas tive poucas dores e as pomadas caras me salvaram muitas vezes tive poucas fissuras..depois algumas mordidas rssss mas amamentei com fe naquilo que eu acreditava o melhor de mim o carinho a atençao que so eu poderia dar a minha filha amada e por fim a luna mamaou ate 1 ano e 2 meses e parou de mamar sozinha aos poucos..senti falta eu não queria parar..mas assim aconteceu..muito lindo seu relato acho que toda gravida e mãe deveria ter acesso ao seu relato e entender o que e amamentar e o que significa. parabens .beijos mi e luna

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  2. Oi querida, muito obrigada por suas palavras, foi um esforço que valeu a pena viu, atingi meu objetivo, mas de fato foi muito difícil, não gosto de lembrar não.
    Parabéns a você que também se dedicou tanto e ainda se dedica a sua linda filhota.
    bjs

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