sábado, 12 de dezembro de 2009

Relato

O início de uma grande história. Grande aprendizagem.
Uma vida nova, 3 vidas novas, responsabilidade, crescimento, amadurecimento.
Vida
Trabalho
Dedicação
Amor
Carinho
Confiança
Alegria
Conhecimento
Vontade
Persistência
Sentimentos
Prova
O relato significa: Péra aí! Para tudo, deixa-me entender o que tá acontecendo?
A gravidez é um momento de transição, um aviso que será mãe, o cuidado com o filho por partes, há muito sonho, imaginação, ideal, um preparo homeopático.
O parto significa: foi dada a largada!
Começou pra não parar mais, os 9 meses de aviso acabaram, a criança está aí, deixá-la alimentada, bem e feliz dia a dia são as tarefas constates e prioritárias a partir de agora.
Sono, bem estar, saúde e...AMAMENTAÇÃO!
Quanta coisa se aprende com isso.
Agora o cuidado é direto, o mundo pára de girar, ou gira mais ainda, ou tanto faz porque não dá pra ver nada mesmo, se é dia de chuva ou de sol, fevereiro ou novembro, qual a diferença?
Comer, usar o banheiro, lavar o cabelo................ descansar.................. dormir...........
Luxo praticado no passado de forma leviana, sem valor, no presente tudo isso é cobiça.
O sonho de amamentar ganhou forma, intensidade e não foi tão romântico como nas propagandas, um momento tranquilo, feliz, de muita troca, olhares carinhosos...foi dolorido, de muitas dúvidas, incertezas, difícil, sofrido.
Assim como no trabalho de parto, a natureza ensinou a necessidade de ser flexível, entregue, humilde, forte, paciente, inclusive com si mesma, a natureza ensina que é preciso confiar.
Confiar na natureza; Controlar segura e atrasa.
A amamentação foi uma batalha e valeu cada ação.
15/02/09

O inicio, prazer, descobertas e decepções

Uma das grandes expectativas em ter um bebê é amamentar.
                                
Essa idéia me empolgava, imaginava que seria uma delícia amamentar, todas as imagens de amamentação mostra um momento tranquilo e muito gostoso. 
Assim que o Cauê nasceu pensei é agora! Meu bebezinho vai mamar pela primeira vez, vou conhecer a sensação, vou ter esse prazer.
Uma das minhas queridas parteiras, a Ana Cris o colocou em meu peito e minha primeira sensação foi um susto, um susto com a pega, pensei: Parece que tem dentes, é o meu lobinho.
O Cauê ficou no meu peito por uma hora, estava extasiada com o parto, natural em casa e amando essa primeira mamada.
Ficar sentido o Cauê, olhando pra ele, foi incrível, sensação que não quero esquecer nunca.

O nascimento foi às 4h30 do dia 13/07/2008, as parteiras Ana Cris e Priscila foram embora 7h/7h30, dormimos até 12h e a vida de mãe começou logo com a segunda mamada.
Foi o momento de colocar em prática algumas teorias como posição do bebê, prestar atenção na sua pega e o melhor, ficar sentindo meu bebezinho no meu colo, se alimentando no meu peito, de fato uma delicia sem fim.
E também de conhecer a prática, na primeira noite do Cauê, ele ficou o tempo todo no peito, eu não sabia se ele estava mamando, pensava, nossa! será que ele está mamando tanto assim? Ou se estava só chupetando, não percebia a diferença.
Durante seu segundo dia as mamadas eram intermináveis, ele ficava no peito o tempo todo, e eu com as dúvidas, será que está mamando? Melhor tirar ou deixá-lo no peito?
Não contava com os machucados/fissuras logo nessas primeiras mamadas, meus dois peitos machucaram e muito, fissuras profundas e que dor.
Então, a cada mamada um friozinho na barriga, a dor de amamentar.
Comprei a pomada famosa e cara de lanolina, soube que arruda macerada no azeite era bom, achei que sarariam rápido.
Ao fim da mamada corria para tratar dos machucados, mesmo nas madrugadas embriagada de sono.

Era a manutenção esperançosa mamada a mamada, mas os machucados só pioravam, os cuidados não davam conta.
Foi ficando mais difícil amamentar, o sonho começou a ruir.
Tinha muita dor, mesmo quando não estava amamentando, só conseguia ficar sem blusa, sem sutiã, era ruim pra dormir, ficava de barriga pra cima, ruim pra tomar banho, doía quando caia água, precisava de cuidado pra tudo, era fácil bater ou raspar nos machucados.
Doía demais, sem perceber ia apertando o Cauê enquanto ele mamava, eu chorava.
Oferecia o peito que estava menos prejudicado e no mesmo dia esse peito piorava muito, então oferecia o outro que tinha se recuperado pouco mais e em 2 ou 3 mamadas já não aguentava mais.
Essa situação me entristeceu demais, não estava sendo prazeroso e a cada mamada tudo piorava.

Comecei a pensar em dar leite em pó, mas essa idéia me doía mais ainda.






Meu peito ficava inchado, colocava chá de camomila e melhorava, comecei a passar aroeira também e com tudo isso a melhora ainda era lenta.
Quando o Cauê chorava querendo mamar eu ficava aflita, o pegava querendo não pegar.
Até que em uma madrugada, já não aguentando mais, sucumbi e pedi ao meu marido, o Pithy, que fosse comprar o leite em pó.
Dei o peito mais uma vez, sofrendo e pensei num plano, vou dar o leite em pó até meu peito sarar e então recomeço, agora que sei que o peito pode machucar facilmente vou prestar mais atenção na posição do bebê, na sua pega, vou cuidar intensamente dos machucados e sem dar de mamar vai sarar logo.
Apesar de me entristecer demais em dar o leite em pó, fiquei feliz em pensar que meu peito iria melhorar logo pois não teria as mamadas em cima dos machucados.
06/04/09

Leite artificial, início e o fim!

Comecei com o leite em pó no quarto dia do Cauê, (dia 17/07/2008) na primeira mamada do dia. Dei na mamadeira e foi difícil pra mim, oferecia a mamadeira pra ele chorando, ele estranhou o bico e não queria pegar, eu chorava mais ainda, dei meu dedinho pra ele chupar e em seguida coloquei a mamadeira, ele acabou pegando.

Matou a fome, ótimo, mas meu coração estava ruído, leite artificial...mamadeira...o peito super machucado...
O Cauê então teve suas primeiras cólicas, por conta do leite artificial, ele tinha muito sono e não conseguia dormir.
Meu coração ficava espremido, culpado, fiquei muito muito triste, minha querida parteira Priscila achou que eu estivesse com depressão pós parto, o que era bem provável.
Me apeguei na idéia de que meu peito sararia logo.
Durante 4 dias dei só mamadeira, meu peito ficou muuuito cheio e doía.
Fazia massagens pra aliviar.
Recebi orientações de como ordenhar e a necessidade da ordenha, pra aliviar as mamas e para a produção não diminuir.
As orientações eram ordenhar até o peito esvaziar, umas 6 vezes ao dia, parece razoável, tudo bem. Mas foi uma meta impossível de alcançar.
Da forma como fui orientada não conseguia fazer, só doía e não saia leite algum ou muito pouco como algumas gotinhas, foi tão ruim, meu peito tão cheio e dolorido, vazava bastante.
Cada vez que sentia o peito encher ficava triste, não aguentava, pensava ah não....
Sentia falta de dar o peito ao Cauê, aliás sentia necessidade, parecia uma necessidade de trocar essa energia, sentia "sair" uma energia dos meus seios.
Mas meus seios não sararam como havia imaginado foram 4 dias sem dar o peito ao meu bebê e tratando intensamente e as fissuras ainda estavam profundas e doloridas.
Só conseguia ficar sem blusa, estava frio, até que descobri as conchas!
Foi como uma libertação, usei até pra dormir, ciente que seria ruim pras fissuras mas conseguia relaxar e descansar mais, não usava toda noite não.
Voltei dar o peito, ainda doía muito mas recompensava, era bom demais, saciava a vontade, o acumulo energético, esvaziava o peito, sentia a segurança de alimentar meu bebê com o melhor alimento e que aliviaria o "estrago" do leite em pó.
Nesse retorno só conseguia dar o peito uma ou duas vezes ao dia, pois a cada mamada os machucados pioravam bastante.
Nessa fase a produção já tinha diminuído.
Estava muito triste, chateada precisava desabafar e ouvir conselhos, com nove dias de vida do Cauê fomos na reunião da Matrice.
Estava cheia de esperança com essa reunião e com meus sentimentos na garganta.
Na roda de apresentação falei meu nome e em seguida cai no choro e desabafando tudo de uma vez, todas foram super solidárias, a maioria me deu muitas dicas, muitas inclusive que já estava praticando, mas foi importante mesmo assim, confirmava que estava no caminho certo. E só o fato de ser ouvida e compreendida era maravilhoso.
Aprendi novas posições pra amamentar, indicaram a necessidade de usar bomba elétrica, já tinha tentado a manual antes e foi terrível, machucava e rendia pouco.
Enfim, compreendi melhor minha situação geral na amamentação e as necessidades rumo ao sucesso.
Essa reunião foi como um milagre pra mim, Deixei a mamadeira pronta que estava na bolsa e amamentei com pouca dor, meus seios começaram a vazar, muito leite veio, foi uma injeção de ânimo e alegria.
Voltei pra casa renovada.
Recebi mais orientações da Priscila parteira, ela me ensinou outra forma de ordenha manual que foi bem mais fácil pra mim, conseguia aliviar bem e ainda aproveitar o leite ordenhado.
Ela também falou em alugar uma bomba e pra eu tomar muuito líquido.
Acabei ficando com muitas orientações das quais não dava conta como ordenhar 6 vezes ao dia, tirar 100 ml em cada ordenha, tirar o leite em pó em uma semana. E como não dava conta disso tudo fui pirando. 
Era triste também o fato de não conseguir dar um afago de que o Cauê precisava, ele chorava muito, muito, se estivesse acordado estava chorando, era uma grande dificuldade pra fazê-lo dormir, eram horas chorando e acredito que se desse o peito seria melhor, acabei dando chupeta, não queria, mas depois de um tempo cedi e foi melhor, o Cauê ficou mais calmo, ajudou.
Até que em consulta com o pediatra do Cauê, na época o Douglas tudo foi revisto e reorganizado de forma que eu fiquei muito mais traquila.
Ele foi muito bacana e ajudou demais, reorganizou todos os procedimentos, me tranquilizou sobre o leite em pó, garantiu que o Cauê estava bem e eu fiquei bem melhor, me sentindo bem e fui seguindo com mais calma.
Nesse ponto as coisas melhoraram muito.
Quando o Cauê completou 1 mês meu peito melhorou, assim, de um dia para outro.
As fissuras mais profundas sararam, ficaram pequenas fissuras e uma dor beeeem menor.
Alegria total!
Consegui ir aumentando as mamadas no peito gradativamente, o que achei ótimo também para o corpo se adaptar a nova demanda e aumentar a produção conforme a necessidade do Cauê.
Aumentava uma mamada no peito e tirava uma mamadeira.
A alegria era imensa.
Mas meu peito doía bastante ainda, mesmo quase sem machucados, imaginei que era uma dor muscular pois o Cauê estava mamando bem mais, sentia também umas fisgadas no peito depois das mamadas, não sabia o que era, comentei em consulta com o pediatra e ele quis esperar mais pra ver o que era.
Descobri que era sapinho (candidiase) pela lista de discussão da Matrice em uma mensagem uma mãe falava com a outra sobre os sintomas e percebi que era exatamente o que sentia.
Estávamos com sapinho há um mês e nem sabia, depois veio o tratamento, que foi demorado, esse sapinho não queria nos deixar e fiquei com essa dor por 1 mês e meio, mas tudo bem, essa resisti e só aumentava o nº de mamadas no peito.
Houve o momento em que consegui equiparar as mamadas no peito e com a mamadeira, até que passei a dar mais o peito e com 2 meses acabei com a mamadeira!
Alegria, conquista e vitória!
                                                                                                    



 

Acompanhamento do nº de mamadas no peito P e mamadeira N (Nan)
Virou uma tabela na evolução no ganho em mamadas no peito e na diminuição de mamadas na mamadeira.
Essa visualização me mantinha determinada em ganhar.
29/04/09

Amamentação exclusiva, sonho realizado enfim...

Que alegria!!!
Uma vitória muito boa sair do leite em pó e ficar só no peito, e como esse menininho gosto de peito viu?!
O Colocava no peito umas 20 vezes ao dia.
Mas cheguei onde queria, o peito finalmente não era só alimento e sim afago, conforto, carinho, segurança, é assim até hoje.
Essa tranquilidade eu queria muito e tê-la foi uns dos motivos de me segurar firme na batalha.
Ficou um tantinho mais cansativo, agora não dava pra dividir a madrugada com o Pithy, mas tudo bem, foi pior na primeira semana mas fui me acostumando ou não...rs... estou exausta até hoje...rs...
Foi uma segurança muito boa, saber que o Cauê estava sendo bem alimentado, com leite de primeira, além de ser delicioso colocar meu filhotinho no peito, ficar olhando pra ele, delícia!!!
Mas ele ainda chorava bastante, dormir continuava sendo um trabalhão, ele soltava o peito e chorava, eu insistia com o peito mas ele não pegava, ele só encostava a boquinha e saia chorando, pensava que estava satisfeito, sem fome, e estava com muito sono e aquilo era o agito de sono, de não conseguir adormecer, então ficava embalando até ele dormir, isso durava 2h até 3h nos piores dias.
Nesse mês ele ganhou pouco peso, fiquei preocupada mas não muito, a curva ainda estava ascendente.
Do 3º para o 4º mês ele não ganhou peso, aliás, ganhou 40 g só.
Ai ai, fiquei tão preocupada.
Ele era magrinho, mas sempre pareceu bem, sempre foi espertinho, sempre sorriu bastante, seu desenvolvimento estava super normal, aliás todo mundo achava ele bem esperto pra idade dele.
Também já havia lido muito que era normal bebês que são amamentados exclusivamente serem mais magros.
Acreditava também que meu corpo tinha se adaptado as necessidades de leite dele, principalmente por ter tirado o leite em pó e aumentado o peito aos poucos.
Em consulta o médico suspeitou que o Cauê não estava mamando o leite grosso, comecei a insistir mais com ele em cada peito, trocava várias vezes, insisti bastante, porém nada mudou, continuava ganhando pouco peso até que aos 4 meses o pediatra concluiu a última coisa que pensaria, era baixa produção e disse que seria necessário complementar com o leite em pó, orientou que eu desse mamadeira após cada mamada no peito.
Baixa produção era mesmo a última coisa que pensaria, acreditava que tinha muito leite inclusive, uma vez sonhei que quando abria a blusa meu peito esguichava tanto leite que formava poças no chão, foi um sonho delicioso.
Meu chão sumiu, minha mente ficou atordoada, não sabia o que pensar, não queria acreditar, foi uma bomba.
Eu não queria retomar a fórmula, mas não poderia deixar meu filho com fome, ôpa?! Com fome? Então ele passou fome esse tempo todo, seria esse o motivo de tanto choro?
Fiquei mais atordoada ainda, pensava: o que foi que fiz? Será que prejudiquei meu filho dessa forma por uma ideologia minha?
Comecei a deixar o Cauê no Sling, na altura do meu peito e ficava sem blusa, o dia todo, pra ele mamar bastante, o tempo todo.

Queria fazer de tudo, enquanto houvesse possibilidades eu iria tentar.
Estava empolgada com isso e determinada, estava também bem confiante que iria dar certo.
Aluguei a bomba novamente, tirava leite na madrugada, fui orientada assim.
A bomba novamente aqui em casa era como um fantasma, mas acreditava que valeria a pena.
Levei o Cauê em um médico espiritual já conhecido nosso de total confiança, sabia que ele ajudaria, veria o que o pediatra não podia ver e tudo estaria resolvido, assim pensei.
Ele logo foi falando que eu precisava descansar, aliás todos desde o início diziam isso, pois o corpo precisa de descanso pra produzir leite, mas descansar era a única coisa que não conseguia fazer e sempre pela noite era o maior problema, era quando tinha bem pouco leite e quando o Cauê chorava mais.
Então ele ficou em torno desse assunto sobre eu descansar, dar outro leite para o Cauê, descansar, descansar....
Disse que não queria dar outro leite por ser artificial etc etc, ele disse que entendia, vieram outros assuntos, ele examinou o Cauê, dissemos que ele chorava bastante e ele finalmente disse que o Cauê chorava de fome.
Não consigo nem dizer o que eu senti...um vazio enooooooorme, um abismo infinito, sem som, sem luz, foi forte demais, foi uma facada no meio do meu coração que ficou bem pequeno naquele momento e doído.
Conclui que era melhor dar o tal leite do que o Cauê passar fome.
Como foi difícil isso pra mim, tinha vontade de cair em depressão, queria desmoronar, mas não podia, tinha que me segurar, seria mais difícil ainda e com o peso da situação se caísse em depressão seria mais difícil ainda voltar, levantar, sair dela.
Mas queria ainda mais uma chance, então viajamos pra Ubatuba, tinha que clamar pra minha mãe Yemanjá ao vivo, de perto, aliás, de frente.
Foi ótimo, descansei, vimos o mar, foi a primeira vez do Cauê na praia, muito bom.
Ele mamou na praia, rezei muito.
Na primeira noite fiquei com febre altíssima, tremia de frio, meu corpo doía todo, meu peito encheu demais, ficou dolorido, precisei massagear muito, deixei água quente cair no banho, ficou até difícil de o Cauê mamar, parecia o primeiro dia quando o leite desce.
Dormi abraçadinha com o Cauê e ele mamou a noite toda e só pela manhã meu peito tinha diminuído e parado de doer.
INCRÍVEL!!!!!!!!  DELICIOSO!!!!
As roupinhas dele estavam mais justinhas na volta da viagem , ele engordou em um fim de semana.
Fiquei muito feliz, até o desconforto do peito super dolorido, parecia que ia estourar, estava gostando.
Senti que as coisas iriam melhorar mas que de imediato era melhor voltar com o complemento.
Nesse momento essa decisão foi mais fácil e sem tanto pesar.
Não complementei em todas as mamadas, achei que isso seria a ruína.
Estava fazendo uma ou duas mamadeiras por dia, quando duas era fim de tarde e noite ou então só noite, parecia que estava bem assim.
O pediatra então disse, pelo menos três, mas não o fiz.
Ainda tinha receio, achava a mamadeira um risco, pensava se teria que ficar com esses complementos pra sempre.
Fazia de tudo mesmo, compressas quente no peito, tomava banho e deixava cair bastante água quente nas mamas, massageava bem antes de dar para o Cauê, comia milho e derivados, tomava muuuita água, de 3 a 4,5 L por dia.
Sempre na esperança de tirar o leite em pó.
Também fui pedir socorro na Matrice, mais uma vez, novamente fui com mamadeira na bolsa, pois podia precisar no fim da tarde.
Pedi pra Fabíola Cassab ver se meu peito realmente estava vazio e ela só de encostar disse: está cheio de leite seu peito!!
Pensei: Como assim?
Então ela massageou e ordenhou um pouco e saia um monte de leite, fiquei bo-qui-a-ber-ta.
Ela me abraçou, me deu parabéns, me beijou e eu quase petrificada, pasma ao ver aquele leite todo.
Então ela e a Flávia Gontijo me ajudaram com a posição do Cauê, como acalmá-lo e principalmente apoio, compreensão e isso é TUDO!
Nunca saberei ao certo o que houve mesmo, a produção podia ter baixado pois o Cauê por ansiedade só queria mamar o peito cheio e quando precisava sugar mais forte um pouquinho ele não queria e reclamava, isso é bem provável de ter ocorrido.
Quanto a suposta fome que ele passava fui bem confortada, a Ana B logo desconsiderou, 
Isso me confortou.
O Cauê chorava bastante pra dormir também quando tomava mamadeira, que a gente chamava de bomba, porque eram 210 ml de um leite gordo, ele ficava até baqueadinho.
E mesmo assim chorava pra dormir, mesmo com a barriga super cheia do leite em pó, então podia não ser fome antes e sim dificuldade pra dormir como pensava antes.
Fui em uma pediatra homeopata, a Dra Selma.
Queria saber dela se era isso mesmo, ficar com o complemento ou se tinha jeito de retomar a produção.
Foi muito bom, ela fez um trabalho bacana e me confortou muito.
Fiquei com uma mamadeira apenas pela noite e bem tranquila pelo dia e madrugada e quando começou a introdução de alimentos foi o fim definitivo do complemento.
A linha do crescimento dele só cresceu.
Nossa história com a amamentação não foi como eu planejei foi duro aceitar isso, sofri com as dificuldades chegava a ter pensamentos de desistir, mas por pouco tempo, imagina, desistir e fazer o quê? Ficar só com o leite em pó? Gordo? Artificial? E o afago? O acolhimento? Não não... assim como o parto foi difícil mas eu jamais conseguiria fazer diferente.
30/09/09

Introdução de alimentos

A introdução de alimentos foi um sucesso.
O Cauê adorou a comidinha, gostou de todos os vegetais, começamos com comida salgada por orientação da médica, foi ótimo.
A quantidade só foi aumentando, uma vez logo no começo fiz uma quantidade que foi pouco e quando acabou ele chorou tadinho!!!
Fui pegando o jeito e sempre fazia mais pra não correr esse risco.
A produção de leite se estabilizou, houve dias em que ele não quis comer comidinha sólida o dia todo e mamou super bem, tranquilo.
Alegria alegria alegria!!
Tudo que idealizei pra amamentação ocorreu então.
Com o peito acostumado e a produção de acordo com as necessidades do Cauê foi só alegria mesmo, muito prazer e curtição ao amamentar, sem preocupações.


                                      
Até hoje ele vem pro peito a todo momento, mama, fica chupetando, se conforta, trocamos carinho, nos curtimos, brincamos, uma delicia!!


Primeiro dia de comidinha, fez umas caretinhas mas até que achou interessante.
6 meses e 4 dias
Segundo dia de comidinha...ahhh já está curtindo mais!                                                                                 

                                           




Foi muito gostoso a introdução de alimentos, ele aceitou tão bem, não rejeitou nenhum alimento, foi bom demais essa fase.


Meses seguintes

A introdução de alimentos foi uma recompensa as dificuldades com a amamentação, ele aceitou tão bem, curtiu tanto as comidinhas, comia bastante, foi tão gostoso, satisfatório.
A cada prato ficava mais feliz.
Porém tinha que dar a comida antes dele ficar com muita fome pois muita fome ele associativa a peito e não queria comer.
Mas isso só no inicio, aos poucos ele entendeu.
                                             
7 meses 
Novos alimentos foram chegando, pães, grãos e o Cauê curtiu tudo.
Ele adora pão!


                               
Um pedaço de cenoura, coça a gengiva e ainda saboreia o vegetalzinho.
O difícil foi a rotina certinha, precisava dar almoço e janta mais ou menos no mesmo horário e entrar nessa rotina complicou, não gosto e tenho problemas com rotinas certinhas, com horários certinhos, então virou uma correria e só com o tempo fui engrenando.

9 meses
Hmmm delicia!
Mandioca, berinjela e quinua
A partir desse mês ele já poderia comer carne.
Comprei uma vez frango sem antibióticos e dei pra ele, mas achei tão desnecessário, não acrescentava nada em sabor nem em nutrientes já que o Cauê come tudo.
Então não dei mais carne pra ele, deixa pra quando ele entender e optar por isso.

10 meses
Filando a comida do papai
Houve um período em que o Cauê cansou da comida e não queria comer, comecei então a temperar mais, com ervas, cebola e alho, bem parecida com a nossa comida, um pouco mais leve por enquanto.
Ele adorou e voltou a comer.
Também houve um período que não queria comer nada, ficou quase um mês comendo bem pouco ou nada, ficando só no peito, fiquei preocupada, tinha um trabalhão pra ele comer só um pouquinho.
Procurei ficar calma e acreditar que seria só uma fase, e foi mesmo, voltou a comer normalmente de um dia para outro.








1 ano e 1 mês 
Experimentei yorgute, ADOREI!!!!

Mando vê no pãozinho 
                               
O Cauê quer mastigar, não gosta só de papinhas e purês, gosta de pedacinhos, de mastigar!

1 ano e 2 meses


O difícil agora é ele jantar, está jantando apenas em alguns dias mas por conta do sono, ele quer dormir cada vez mais cedo e não consigo acertar o horário da janta.
Mas mama bastante e fica bem.